Na última semana, um passageiro a bordo de um voo da Japan Airlines “denunciou” uma situação que chamou a atenção. Kris Chari, que viajava em classe executiva de Jakarta, Indonésia, para Tóquio, Japão, recebeu uma banana como opção de lanche durante o voo, como parte do menu vegano oferecido pela companhia aérea. A denúncia gerou polêmica nas redes sociais e levantou a discussão sobre a falta de opções nas refeições a bordo para pessoas com restrições alimentares.

A Japan Airlines

A Japan airlines até tentou, de certa forma, pedir desculpas pelo que aconteceu com Kris, mas acabou assumindo que a única opção vegana no café da manhã para aquele voo era apenas uma banana. A situação gerou indignação no passageiro, que afirmou esperar uma opção de lanche mais substanciosa, como um sanduíche, salada ou queijo vegano.

Esse caso evidencia uma questão importante para as empresas aéreas: a necessidade de oferecer opções variadas e adequadas para pessoas com restrições alimentares, especialmente para veganos e vegetarianos.

As companhias estão por dentro dos dados?

De acordo com a Associação Brasileira de Vegetarianismo, o número de pessoas que adotam o vegetarianismo tem crescido no Brasil e no mundo. Cerca de 14% da população brasileira se declara, ao menos, vegetariana. E esse número tende a crescer, devido às crescentes preocupações com a saúde, bem-estar animal e sustentabilidade.

Diante disso, será que as empresas aéreas ainda não notaram que precisam se adaptar e oferecer opções adequadas para esses passageiros? Além de ser uma questão de respeito e inclusão, também pode ser uma estratégia de negócios, visto que um bom atendimento e serviços de qualidade podem fidelizar clientes e aumentar a reputação da empresa.

Mas então por que o passageiro vegano recebeu uma banana apenas?

Conforme apresenta o site Insider, Kris comentou: “Quando serviram a banana após a decolagem, pensei que era apenas um aperitivo decepcionante, mas na verdade era todo o serviço de refeições”.

A verdade é que esse assunto não foi completamente resolvido, pois não houve um comunicado oficial dizendo se houve um erro no menu ou se houve falta de comida apropriada a bordo.

No caso da Japan Airlines, a opção de lanche oferecida a Kris Chari mostra uma falta de preparo e consideração com o passageiro. É necessário oferecer opções que supram as necessidades nutricionais e atendam às expectativas dos clientes.

Oportunidade de milhões

Com a crescente demanda de produtos e serviços em nossa área, será que as empresas podem se dar ao luxo de simplesmente ignorar opções veganas?

Essa oferta, nas refeições a bordo, também pode ser uma oportunidade para as empresas aéreas diversificarem seus cardápios e ampliarem suas opções de fornecedores. Alimentos plant-based e orgânicos, por exemplo, têm ganhado cada vez mais espaço no mercado, e podem ser uma boa alternativa para essas empresas atraírem mais passageiros.

Não existe limites para produtos e serviços veganos.

Além disso, é importante lembrar que a oferta de opções adequadas para veganos e vegetarianos não se limita apenas às refeições a bordo. As empresas podem oferecer também opções veganas e vegetarianas em seus lounges, e informar os passageiros sobre as opções disponíveis nos aeroportos de origem e destino.

Nesse sentido, grandes empresas já tem se mobilizado para fabricar produtos veganos na área de alimentos, e sinceramente, hoje em dia não há desculpas para um passageiro vegano receber apenas uma banana.

Críticas constantes

Além da Japan Airlines, outras companhias aéreas têm sido criticadas por não oferecerem opções veganas adequadas em seus cardápios. Como o número de veganos e vegetarianos continua a crescer, é importante que as companhias aéreas se adaptem às necessidades alimentares de seus passageiros.

Também é importante comentar que esse caso da banana se passou na refeição do café da manhã. Já no almoço o passageiro recebeu macarrão. Mas segundo ele, não estava lá essas coisas.

Seja como for, o caso do passageiro vegano que recebeu uma banana como opção de lanche na Japan Airlines é um exemplo de despreparo. A oferta de opções adequadas para veganos e vegetarianos é uma questão de respeito.